Perguntas frequentes: A minha relação depois de fazer um aborto

O que veio depois do aborto? Relatos de mulheres

Um aborto pode ter diferentes repercussões numa relação.
Enquanto alguns casais conseguem apoiar-se mutuamente depois disso, noutros casos o aborto acaba por pôr à prova toda a relação – sobretudo quando já antes da decisão havia desacordo, ou quando uma das partes se inclinava mais para ter a criança e a outra mais para o aborto.

Na Profemina, as mulheres referem frequentemente problemas na relação ou divergências com o pai da criança como uma das principais razões para o aborto¹.
Por exemplo, quando a relação ainda é recente, quando o casal já se separou ou quando a mulher sente que o companheiro não está verdadeiramente ao lado dela e da criança em comum.

Um aborto feito por consideração pelo companheiro ou pela companheira pode também levar, mais tarde, a sentimentos de culpa e desilusão. Nesses casos, é possível que a relação termine após o aborto.

Aqui pode ler o que as mulheres partilham no acompanhamento da Profemina:

Desde o aborto, não voltei a falar verdadeiramente com o meu ex-companheiro. Ele apenas escreveu duas vezes, a perguntar por coisas sem importância. A desilusão com a forma como se comportou depois da separação e do aborto ainda pesa muito… acredito que ainda vai demorar, porque via muito nele e provavelmente já tinha imaginado um futuro que ia muito mais longe. Pelo menos, mais longe do que ele — e, ao que parece, também os meus sentimentos já estavam mais avançados. É difícil lidar com isso, porque parecia tudo tão “perfeito”.

*Jana, 29 anos, à sua counsellor


Até hoje é muito difícil para mim — ou para nós — compreender e aceitar esta decisão.
Temos 26 e 28 anos e estamos juntos há quase dez. O meu companheiro já se imaginava pai há algum tempo, mas eu ainda não estava pronta. Ainda não agora.
Sinto-me muito mal, porque tenho a sensação de que o meu companheiro não teve voz alguma. Ele esteve simplesmente presente, apoiou-me, sem expressar os seus pensamentos ou a sua opinião sobre o assunto.
Sinto como se tivesse cometido o maior erro da minha vida. E, de repente, não desejo nada mais do que voltar a estar grávida.

*Annika, 26 anos, à sua counsellor


Fiz o aborto medicamentoso na semana passada. Foi um dia estranho, o dia em que tudo aconteceu, mas o meu companheiro apoiou-me muito bem.
Ambos continuamos de acordo com a decisão. Sentimo-nos relativamente bem com isso e passámos o fim de semana a fazer algo agradável.

*Erika, 24 anos, à sua counsellor


Com o meu companheiro, a situação está muito tensa. Ele evita qualquer conversa sobre o assunto ou muda logo de tema. Diz que também não é fácil para ele — o que eu compreendo — e que tenta simplesmente afastar esses pensamentos.
Disse-lhe que eu, porém, não consigo fazer o mesmo, porque fui eu quem viveu tudo isto. Gostava apenas de receber mais apoio e presença da parte dele…
Mas não o posso obrigar, e discutimos tanto nos últimos dias que já não tenho forças para isso.

*Eline, 35 anos, à sua counsellor


Infelizmente, fiquei sozinha, porque o meu companheiro afastou-se justamente na fase mais crítica, dizendo que já não conseguia ver-me a sofrer. Rompeu todo o contacto.
Agora, olhando para trás, é-me muito difícil compreender por que agiu assim.
Sobretudo porque me tinha prometido que, se eu optasse pelo aborto, ficaria comigo e, dentro de um ano, estaria pronto para ter uma criança comigo.
Essas promessas, naturalmente, tornaram tudo um pouco mais suportável.
Agora que desapareceram, encontro-me num turbilhão de pensamentos e pergunto-me se esta terá sido realmente a decisão certa.

*Elli, 32 anos, à sua counsellor

Encontra-se ainda diante da decisão e sente que não consegue avançar?
Ou ambos desejam um acompanhamento atento e profissional que ajude a encontrar, como casal, a decisão que seja certa para vós?
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Autores & Fontes

Autora

Yvonne Onusseit
licenciada em Pedagogia

Tradução
Tatiana Bettencourt
 

Revisão:

Equipa de psicólogos

Fontes

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