Acolhimento para mulheres grávidas

Acolhimento para mulheres grávidas

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Residências temporárias para grávidas ou mães

Ser a única pessoa responsável por um bebé pode ser muito desafiante, sobretudo quando ainda se é muito nova ou as circunstâncias familiares são exigentes.

Para proteger as mulheres grávidas que se encontram nessas circunstâncias, existem em Portugal algumas casas ou residências de acolhimento temporário, onde as mulheres grávidas, ou as mães com filhos pequenos, podem ser apoiadas na gestão do dia-a-dia.

Afinal, o que são as casas de acolhimento para grávidas?

Existem vários tipos de casas ou centros de alojamento temporários. São respostas sociais que visam acolher, por um período de tempo limitado, pessoas em situação de carência, tendo em vista a sua futura autonomização. No caso específico das casas para mulheres grávidas, encontram-se acolhidas apenas outras mulheres grávidas ou com filhos pequenos (não é possível o acolhimento de um casal ou de mulheres sem filhos que não estejam grávidas, por exemplo).

Estas casas contam com a presença de uma equipa técnica: assistentes sociais, psicólogas ou auxiliares em regime de permanência. Ao ser acolhida numa casa de acolhimento para grávidas, todos os custos ao nível de alimentação ou habitação ficam assegurados pela instituição, pelo que o alojamento é gratuito para a mulher.

Objetivos de uma casa de acolhimento para grávidas

Muitas vezes, estas casas pertencem a uma IPSS (Instituição Particular de Solidariedade Social), pelo que, mesmo recebendo apoio da Segurança Social, são geridas de modo privado e podem ter, por isso, objetivos e regras diferentes umas das outras. No entanto existem, normalmente, objetivos em comum, que visam possibilitar que a mãe se torne cada vez mais autónoma. Assim, as casas pretendem ajudar a mãe nestes aspetos:

  • Capacitar para a gestão da casa
  • Capacitar para os cuidados ao bebé e promover uma boa relação mãe-filho(a) (competências parentais)
  • Apoiar na (re)inserção profissional ou escolar
  • Potenciar a elaboração e implementação de um novo projeto de vida

A ideia é que, ao ser acolhida numa instituição assim, a mulher saia de lá tão preparada quanto possível para gerir sozinha uma casa onde possa viver com o seu bebé e ter os meios necessários para poder cuidar bem dele.

Quem pode ser acolhida numa destas casas?

Existem requisitos comuns e requisitos específicos para cada instituição. Os requisitos comuns implicam que a pessoa que pede acolhimento esteja grávida, ou seja mãe de um filho pequeno, e se encontre em situação de dificuldade ou carência socioeconómica.
Normalmente a equipa de profissionais tem uma entrevista com a candidata, de modo a avaliar o enquadramento do pedido.

Para além destes requisitos gerais, podem existir critérios de admissão relacionados com:

  • Idade da mãe e do bebé: algumas casas acolhem apenas adolescentes, outras apenas adultas, e outras acolhem mães de todas as idades. Do mesmo modo, algumas instituições aceitam apenas grávidas; outras apenas mães de um bebé que já nasceu; e outras que aceitam ambas. Em relação ao acolhimento de outros filhos, por norma existe um limite de idade, que varia consoante a instituição.
  • Situação legal: ter o documento de identificação válido não é um requisito para a maioria destas instituições, embora o seja para algumas.
  • Existência de outras necessidades que exijam apoios específicos: por vezes podem existir múltiplas dificuldades na vida de uma mulher grávida, tais como doenças físicas ou psiquiátricas graves, vivência anterior de episódios de violência, consumos, ou outras problemáticas. Nestes casos, podem existir outras respostas mais adequadas a essa pessoa. Veja, por exemplo, o nosso artigo sobre casas abrigo.

Quem posso contactar?

Talvez gostasse de entrar em contacto com uma destas casas e fazer um pedido de acolhimento para si, ou para uma amiga grávida que esteja a passar por dificuldades. Os pedidos de acolhimento podem ser feitos diretamente pela candidata, ou através de outro serviço que a acompanhe.

Já é acompanhada por algum serviço ou já tem algum assistente social ou pessoa técnica de referência? Por exemplo, da Segurança Social, Junta de Freguesia, ou Santa Casa da Misericórdia? Se sim, é recomendável começar por lhe falar desta necessidade. Ela poderá orientá-la neste processo.
Nota: normalmente, as juntas de freguesia possuem um gabinete de ação social, onde pode ser atendida e informada sobre outras possibilidades de apoios locais.

Se não sabe por onde começar, deixamos aqui a ligação para algumas das casas de acolhimento para grávidas em Portugal:

Atenção: você ou uma amiga sua foi posta fora de casa ou, por outro motivo, não tem onde dormir esta noite? Ligue 144 – Linha Nacional de Emergência Social.

Se está grávida e considera que precisa de ajuda a nível prático, mas não necessariamente de acolhimento residencial, veja o nosso artigo sobre centros de apoio à vida em Portugal. Se tiver outras questões, não hesite em contactar-nos!

O que fazer agora?

Pode acontecer que esteja a ler este artigo porque engravidou sem ter planeado ou por se sentir demasiado nova para essa mudança de vida. Talvez esteja preocupada com a sua capacidade de ser mãe e queira ser apoiada nesta gravidez. Ou, se calhar, esta notícia não foi bem acolhida pelos seus pais e, como ainda é menor de idade, não sabe para onde ir.
Sinta-se à vontade para entrar em contacto com a nossa equipa, partilhando aquilo que é, para si, neste momento, uma dificuldade ou preocupação!

Duas maneiras de entrar em contacto connosco:

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