À procura de uma saída: Aborto auto-induzido

Fazer um aborto auto-induzido?

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Aborto auto-induzido

🚫 Será que posso, eu própria, induzir um aborto? — Teste para si!

  • Realizar um aborto por meios "naturais ", tais como ervas ou medicamentos, é ilegal.
  • As tentativas de fazer uma cirurgia a si própria para abortar também não são permitidas.
  • Estes são métodos clandestinos com enormes riscos e efeitos secundários graves e, por isso, perigosos. Além disso, muitas vezes não são eficazes.

Neste artigo procuramos informá-la sobre os principais aspetos legais de um aborto clandestino e refletir sobre o que fazer quando esta parece ser uma hipótese.

Será que posso, eu própria, induzir um aborto? — Teste para si!

Este é um assunto que a preocupa? Se desejar, pode introduzir aqui algumas informações sobre a sua situação pessoal. De seguida irá receber uma análise de acompanhamento diretamente no seu ecrã!

É legal ser eu a fazer o aborto?

Talvez se sinta muito angustiada com a hipótese de alguém descobrir a sua gravidez e esteja, por isso, à procura de uma maneira “clandestina e discreta” para resolver o problema. Ou pode estar à procura de um método mais natural, à base de plantas, porque a intervenção médica a preocupa. Seja como for, provavelmente os motivos que a levam a procurar saber como fazer um aborto clandestino, não são nada fáceis ou simples.

Segundo a lei portuguesa, não é legal a mulher fazer um aborto a si própria. A interrupção voluntária da gravidez só não é punível quando é efetuada até determinado prazo (regra geral, 10 semanas), e se for feita por um médico.

Alguns pré-requisitos:

  • A Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) deve ser feita por um médico, ou sob a direção deste
  • A IVG deve ser feita num estabelecimento de saúde oficial ou oficialmente reconhecido
  • A mulher grávida deverá dar o seu consentimento para a intervenção.

Ou seja, quando estes pré-requisitos não estão assegurados, o aborto é crime, punível com pena de prisão variável (ver artigos 140, 141 e 142 do código penal português). Também é punível provocar o aborto a terceiros, fora do enquadramento legal. Em conclusão: não, não é legal fazer um aborto sozinha, sem acompanhamento médico ou fora de um estabelecimento oficial ou oficialmente reconhecido. Daí este tipo de aborto ser também conhecido como aborto clandestino.

Nota importante: para além das questões legais, está, sobretudo, em causa a sua saúde e segurança. Fale com o seu médico. Embora alguns "remédios e métodos caseiros" possam ser descritos como inofensivos, podem ser muito perigosos. Leia mais sobre os riscos aqui.

Abortar com remédios caseiros

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Realizar um aborto por meios "naturais ", tais como ervas ou medicamentos, é perigoso e ilegal.

Na internet, é possível encontrar instruções diversas sobre como fazer um aborto em casa. Surgem normalmente duas alternativas:

Aborto à base de ervas, plantas ou chás

A ingestão de certas ervas como salsa, sálvia, açafrão, artemísia, ou buchinha (planta originária do Brasil) não conduz diretamente a um aborto, mas, quando em sobredosagem, podem provocar consequências físicas prejudiciais para a saúde ou mesmo um envenenamento. Como tal, é possível que possa causar contrações uterinas fortes a ponto de fazer a mulher sofrer um aborto.

Abortar com fármacos

Em Portugal, só é possível adquirir fármacos com efeito abortivo (por exemplo, Mifepristona ou Misoprostol) mediante prescrição médica: as farmácias não estão autorizadas a vendê-los por mera iniciativa do cliente.

Mais informações:

Riscos possíveis — tentar fazer um aborto sozinha pode pôr a vida em risco

Até um aborto realizado por um médico pode ter os seus riscos, devendo esta intervenção ser sempre supervisionada por um profissional de saúde. Isto confirma que tentativas feitas em casa representam um risco acrescido.

Em muitos casos, a ingestão de plantas ou outros remédios caseiros não causam um aborto, mas conduzem a consequências físicas prejudiciais para a saúde.
Tentativas mecânicas para fazer um aborto como introdução de instrumentos cortantes na vagina, por exemplo, têm grande probabilidade de resultar em lesões ou hemorragias graves.
Em ambos os casos, deverá ser vista imediatamente por um médico.

⛔️ No pior dos casos, uma intoxicação ou hemorragia pode representar um risco de vida! Por conseguinte, qualquer experiência por conta própria não é recomendável — para a sua própria segurança!

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Você é digna do melhor acompanhamento médico e psicológico.

Grávida e preocupada

É possível que a notícia da sua gravidez a tenha perturbado muito ou a coloque diante de grandes desafios e receios. Também é possível que se sinta sozinha nas suas preocupações e não tenha conseguido confiar em ninguém.
São muitas as mulheres que se sentem assim e esperam que “a natureza se encarregue da situação” ou que haja uma saída fácil, que possa “apenas” provocar um aborto espontâneo.

Neste momento, pode sentir que esta situação é demais para si, mesmo em cada pequena decisão e conversa. Porém, ao mesmo tempo, está à procura de soluções e deseja encontrar uma nova esperança e força.

Poderá ser bom para si partilhar as suas ideias e emoções com uma pessoa exterior à sua situação, com quem possa dialogar com confidencialidade. Pode entrar em contacto com as nossas counsellors profemina 👩‍💻 por e-mail, 📲WhatsApp ou 📞 telefone.

Pode também utilizar outras ferramentas e testes digitais:

FAQ - perguntas frequentes

  • A tentativa de fazer um aborto a si própria pode originar consequências graves. Estes riscos fazem com que o aborto autoinduzido não seja uma prática segura para a mulher.
    Por este motivo, só é legal abortar sob supervisão médica e num estabelecimento oficial ou oficialmente reconhecido. Fora deste enquadramento, é ilegal fazer um aborto. Muitas vezes, é o desejo de não ser descoberta que motiva uma mulher a fazer um aborto a si própria. Mais do que nunca, esta poderá ser uma altura importante para escolher alguém com quem possa partilhar o que está a viver.

  • Provocar um aborto através de alternativas naturais como certas plantas é uma prática considerada ilegal.
    A lei pretende proteger a mulher dessa situação, devido aos riscos elevados de complicações associadas a abortos "caseiros". Nesta lógica, a lei que despenalizou a interrupção da gravidez em Portugal exige que esta prática seja feita sob supervisão médica. Quando a mulher deseja "resolver as coisas" por si própria, acaba por se encontrar numa situação de grande solidão. Existem ajudas.

  • Um aborto pode provocar grandes hemorragias, lesões ou aumentar o risco de infeções. Além dos riscos físicos, passar pela interrupção de uma gravidez pode ainda provocar repercussões ao nível emocional. Cada mulher passa por esta experiência de maneira única. Por isso, cada mulher tem direito a pesar cuidadosamente as suas preocupações pessoais antes de tomar uma decisão.

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